O que a falta de vitamina C pode causar

Conhecida também como ácido ascórbico, a vitamina C é muito popular quando falamos do combate à gripes e resfriados. Acontece que essa vitamina possui diversas outras funções no organismo que poucos conhecem. Segundo o Institute of Medicine, esse nutriente é importante para a cicatrização de feridas, controle de infecções, produção de colágeno e alguns hormônios, além de agir como um antioxidante que ajuda a combater os radicais livres. Responsável por tantas funções importantes no organismo, saiba a seguir o que a falta de vitamina C pode causar e qual a melhor forma de repor essa vitamina.

A função principal dessa vitamina é atuar como um antioxidante no corpo, ajudando a reduzir os danos causados pelos radicais livres nas células. A vitamina C é conhecida por ser um doador de elétrons para oito enzimas humanas, atuando como cofator no processo de absorção de ferro, produção de colágeno e síntese de hormônios.

Alguns estudos também sugerem que a vitamina C pode ter propriedades anti-inflamatórias, ajudando a reduzir o risco de doenças crônicas, como doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. Seu papel no sistema imune também é relevante, pois segundo estudos, a vitamina C contribui para a defesa imunológica, apoiando várias funções celulares do sistema imunológico inato e adaptativo

A falta de vitamina C no corpo pode levar a uma condição conhecida como escorbuto, que causa vários sintomas, incluindo:

Alguns estudos científicos revelam também que a falta de vitamina C fragiliza a imunidade promovendo uma maior suscetibilidade à infecções. Em contrapartida, as infecções afetam significativamente os níveis de vitamina C devido ao aumento da inflamação e das necessidades metabólicas.

É importante frisar que, apesar de rara, a deficiência grave de vitamina C pode ser potencialmente fatal se não for tratada adequadamente. Pessoas que seguem dietas extremamente restritivas ou que têm problemas de absorção de nutrientes, como a doença de Crohn, podem estar em risco de deficiência grave dessa vitamina.

Existem alguns fatores que aumentam o risco de desenvolver deficiência de vitamina C, como:

Além desses fatores, pesquisas relatam que existem outros inúmeros fatores econômicos e sociais que podem afetar o status da vitamina C em diferentes graus em várias regiões do mundo.

Estudos indicam que a quantidade de vitamina C no corpo geralmente se esgota em 4 a 12 semanas, se a pessoa interromper a ingestão da vitamina. A melhor maneira de prevenir a falta de vitamina C é consumir frutas e vegetais regularmente ou contar com suplementos de vitamina C.

Quando a deficiência dessa vitamina é diagnosticada, há várias maneiras de repor a vitamina C no corpo, incluindo:

Como frutas cítricas (como laranjas, toranjas e limões), morangos, kiwi, abacaxi, manga, papaia, melão, brócolis, pimentão vermelho, couve, espinafre e tomate são boas fontes de vitamina C.

Para quem não consegue obter vitamina C suficiente através dos alimentos, incluir suplementos com essa vitamina pode ser a saída. Eles estão disponíveis em várias formas, incluindo comprimidos, cápsulas e pós.

Há alguns alimentos industrializados, como sucos de frutas e cereais, que são fortificados com vitamina C. Incluí-los na dieta pode ser importante se os níveis de vitamina C estiverem baixos.

Diretrizes internacionais apontam que a reposição de vitamina C é padrão, com até 300 mg diários para crianças e 500 mg a 1.000 mg diários para adultos. O ponto final da reposição é de um mês ou após a resolução das sequelas clínicas. Além da suplementação imediata, é importante educar o paciente sobre modificações no estilo de vida para garantir ingestão adequada de vitamina C e recomendar a cessação da ingestão de álcool e tabaco.

Para aqueles que não possuem deficiência de vitamina C, as necessidades diárias são de até 45 mg por dia em crianças, 90 mg por dia para homens, 75 mg por dia para mulheres e até 120 mg por dia para mulheres lactantes.

Apesar de trazer benefícios à saúde, é preciso ter cuidado com o consumo da vitamina C. Consumi-la em excesso pode causar efeitos colaterais como diarreia, náusea e cólicas abdominais. Por isso, é importante ingerir de acordo com as doses recomendadas pelo médico, nutricionista ou conforme o rótulo do suplemento sugere.

Conteúdo escrito por Rafaela Galvão, publicitária pela ESPM-SUL e estudante do 7˚ semestre de nutrição na Unisul. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.