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Hipertireoidismo na gravidez: causa, sintomas e cuidados

A disponibilidade adequada de hormônios tireoidianos é essencial para uma gestação sem complicações, afinal, estamos falando de uma glândula que regula funções importantes no organismo. Estudos relatam que o hipertireoidismo na gravidez tem implicações expressivas tanto para a mãe quanto para o feto e, por isso, o manejo adequado desse distúrbio é fundamental para evitar resultados adversos na gestação até o pós parto. 

Mas, muito além do tratamento, o controle do hipertireoidismo gestacional passa por cuidados específicos em que alguns suplementos naturais devem ser evitados. Saiba tudo sobre isso a seguir!

O que é hipertireoidismo?

O hipertireoidismo é um problema na tireoide, glândula que regula a função de órgãos importantes, como coração, cérebro, fígado e rins. Essa condição se caracteriza pela produção excessiva dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que ficam em excesso no sangue, seja devido a um funcionamento anormal da glândula ou à administração farmacológica.

Esse estado orgânico resultante se manifesta por uma intensificação da atividade metabólica do organismo, aumento do volume da tireoide, emagrecimento, taquicardia e outros sintomas. É importante mencionar que o hipertireoidismo também pode ocorrer na gravidez e é chamado de hipertireoidismo gestacional.

Hipertireoidismo na gestação

O hipertireoidismo na gestação é influenciado pelas alterações fisiológicas da gravidez, afetando a produção e disponibilidade dos hormônios tireoidianos. A tireotoxicose gestacional, relacionada ao aumento de hCG, é a causa mais comum e pode persistir até a 18ª semana.

O diagnóstico, essencial para prevenir complicações fetais e maternas, envolve a dosagem de T4 livre e TSH. O tratamento varia ao longo da gravidez, com propiltiouracila no primeiro trimestre e metimazol nos subsequentes. 

Durante a amamentação, o uso de medicamentos antitireoidianos é permitido, enquanto o iodo radioativo não é indicado na gestação ou na amamentação. Compreender essas nuances é essencial para garantir uma gestação saudável.

Causas do hipertireoidismo na gestação

Você tem dúvidas sobre o que causa tireoide na gravidez? Pois bem, o hipertireoidismo na gestação pode ter diversas origens. Entender as suas causas é fundamental para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado. Cada uma requer uma abordagem específica, e a escolha do tratamento deve levar em consideração o estágio da gravidez e a saúde da mãe e do feto. Confira as principais:

Tireotoxicose transitória gestacional

Essa é a principal causa de hipertireoidismo na gestação e ocorre nas primeiras doze semanas. É desencadeada pelo aumento do hormônio hCG (gonadotrofina coriônica humana) durante o início da gravidez. Os sintomas geralmente incluem vômitos e manifestações leves de hipertireoidismo. 

Uma característica importante é a ausência de histórico prévio de doença da tireóide, falta de queixas oculares e nenhum aumento visível da tireoide durante o exame físico. O tratamento envolve hidratação e, se necessário, o uso de beta-bloqueadores em baixas doses por um curto período.

Doença de Graves

A doença de Graves é outra causa do hipertireoidismo durante a gravidez. Pode variar em gravidade, e o diagnóstico é confirmado pela presença do anticorpo TRAb (anticorpo anti-receptor de TSH) no sangue. 

O tratamento depende da gravidade e do estágio da gravidez, incluindo medidas de suporte, beta-bloqueadores e, em alguns casos, medicamentos como propiltiouracil nas primeiras 16 semanas ou metimazol após a 16ª semana de gestação.

Ingestão excessiva de levo-tiroxina

Algumas mulheres podem ingerir uma dose excessiva do hormônio levo-tiroxina para tratar o hipotireoidismo. Nesses casos, o tratamento envolve a redução da dose da medicação.

Outras causas

Gestação múltipla, tireoidite subaguda e nódulos de tireoide também podem causar um aumento na produção dos hormônios tireoidianos. O diagnóstico nesses casos pode envolver exames adicionais, como a ecografia de tireóide para confirmar e caracterizar os nódulos e avaliar a necessidade de punção.

Sintomas de hipertireoidismo na gestação

Ao longo da gravidez é crucial ficar atento aos sintomas de hipertireoidismo na gestação. Embora seja comum ganhar peso durante a gestação, a ausência desse ganho, apesar do aumento do apetite e da ingestão de alimentos, pode ser um sinal importante. Além disso, outros sintomas a serem observados incluem:

  • calor e suor excessivos;
  • cansaço persistente;
  • tremores nas mãos;
  • batimentos cardíacos acelerados;
  • sensação de ansiedade;
  • diarreia ou evacuações frequentes;
  • problemas oculares, como olhos salientes;
  • náusea;
  • perda de peso inexplicável.

É importante ressaltar que esses sintomas podem se assemelhar às mudanças hormonais típicas da gravidez. Portanto, a consulta com um médico especializado é fundamental para um diagnóstico preciso e um cuidado adequado.

Complicações do hipertireoidismo na gravidez

Quando o hipertireoidismo na gravidez não é tratado ou é tratado de forma inadequada pode desencadear uma série de complicações durante a gestação. As principais preocupações incluem:

Para a mãe:

  • maiores chances de eclâmpsia;
  • arritmia cardíaca;
  • parto prematuro;
  • hipertensão na gestante;
  • deslocamento da placenta;
  • maior chance de aborto;

Para o bebê:

  • baixo peso ao nascer;
  • malformações fetais;
  • problemas no funcionamento da tireoide do bebê.

É importante destacar que, embora as consequências para o bebê não sejam tão graves quanto no hipotireoidismo, o acompanhamento médico é fundamental. Consulte sempre um profissional de saúde para obter orientações adequadas durante a gestação.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico preciso do hipertireoidismo na gravidez é essencial para garantir a saúde da mãe e do bebê. Para identificar essa condição, são empregados diversos métodos, com destaque para os exames de sangue, para averiguar:

  • hipertireoidismo subclínico: esse diagnóstico é estabelecido quando o TSH (hormônio estimulante da tireoide) é menor que 0,1 mUI/L e o T4L (tiroxina livre) está dentro da faixa normal. É crucial para a diferenciação entre tireotoxicose gestacional (TTG) e doença de Graves (DG);
  • hipertireoidismo clínico: quando o TSH é menor que 0,1 mUI/L e o T4L está elevado, o diagnóstico provável é o de doença de Graves. Nesse caso, a dosagem de TRAb (anticorpo antirreceptor do TSH) é fundamental para avaliar o tratamento e a monitorização fetal.

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É possível prevenir a tireoide alterada na gravidez?

É importante reconhecer que, embora não seja possível prevenir completamente a tireoide alterada durante a gravidez, a conscientização e a busca por ajuda médica podem minimizar os riscos associados.

Os sinais e sintomas do hipertireoidismo estão relacionados ao estado de hipermetabolismo e podem incluir palpitações, taquicardia, irritabilidade, tremores, sudorese, pele quente e variações no peso. 

No entanto, esses sintomas podem ser inespecíficos, tornando-se facilmente subestimados durante a gestação. Achados mais específicos, como bócio, oftalmopatia e mixedema pré-tibial, sugerem a doença de Graves. 

Tratamento

Quando se trata de hipertireoidismo na gravidez, o tratamento requer cuidado especial e consideração das necessidades tanto da mãe quanto do feto. 

Existem opções terapêuticas reconhecidas de como tratar hipertireoidismo na gravidez, mas durante a gestação, geralmente, apenas a terapia medicamentosa antitireoidiana é considerada. Esses medicamentos são projetados para regular e normalizar a produção de hormônios tireoidianos e devem ser usados estritamente sob supervisão médica.

Passo a passo do tratamento:

  • avaliação médica: o primeiro passo é uma avaliação médica completa para determinar a gravidade do hipertireoidismo e escolher o tratamento mais apropriado;
  • medicamentos antitireoidianos: os medicamentos antitireoidianos, como propiltiouracila (ptu) e metimazol (mmz), são frequentemente prescritos. A escolha do medicamento e a dosagem dependem da fase da gravidez e da gravidade do hipertireoidismo;
  • acompanhamento regular: o acompanhamento médico é fundamental durante toda a gestação.Os níveis hormonais da tireoide devem ser monitorados regularmente para ajustar a dosagem dos medicamentos conforme necessário;
  • cirurgia e terapia com radioiodo (iodo radioativo): embora mencionadas como opções, a cirurgia e a terapia com radioiodo são geralmente reservadas para casos graves que não respondem adequadamente aos medicamentos, e são evitadas durante a gestação;
  • evitar suplementos naturais sem orientação médica: suplementos naturais, como a maca peruana, podem afetar a produção hormonal. Portanto, é essencial evitar o uso de tais suplementos sem orientação médica, pois podem interferir no tratamento.

Estudos relatam que a maca peruana exerce sua ação terapêutica estimulando a hipófise a produzir e secretar hormônios precursores. Esse efeito impulsiona uma maior produção hormonal da glândula adrenal, tireoide e pâncreas.

No contexto do hipertireoidismo, já existe uma produção hormonal exacerbada e a maca peruana pode estimular ainda mais essa produção. Por outro lado, o consumo de maca peruana em cápsulas pode ajudar no equilíbrio hormonal daqueles indivíduos que possuem uma produção insuficiente de hormônio, como no hipotireoidismo. 

Portanto, é fundamental saber para que serve a maca peruana, pois em casos de hipertireoidismo e, principalmente, hipertireoidismo na gravidez, ela não é indicada.

Monitorando a tireoide pós-parto

É fundamental compreender que os níveis hormonais da tireoide podem continuar flutuando após o parto. Portanto, o acompanhamento adequado da tireoide pós-parto é indispensável para a saúde da mãe e do bebê.

Durante a gestação, é aconselhável que o acompanhamento seja multiprofissional, envolvendo médico obstetra e endocrinologista, especialmente em gestações de alto risco. A frequência das consultas deve ser quinzenal até a 28ª semana e semanal a partir desse ponto. Durante todo esse período, é importante monitorar o desenvolvimento do feto, sua formação e qualquer sinal de hipotireoidismo ou hipertireoidismo.

Após a 28ª semana, em situações específicas, como restrição de crescimento fetal, são recomendadas avaliações periódicas da vitalidade fetal.

Entretanto, após o parto, os hormônios da tireoide podem continuar oscilando, exigindo acompanhamento contínuo. A mãe deve estar ciente de possíveis sintomas de desequilíbrio tireoidiano e buscar assistência médica sempre que necessário. 

Monitorar a tireoide no pós-parto é crucial para garantir uma transição suave para essa fase e a saúde a longo prazo tanto da mãe quanto do bebê. Consulte sempre um profissional de saúde para orientações específicas sobre seu caso.

Texto criado por Rafaela Fürst Galvão, nutricionista graduada pela Unisul (CRN-10: 11807) e publicitária graduada pela ESPM-SUL. Desenvolve projetos de comunicação e produção de conteúdo para a área da saúde desde 2016.

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